Esquecimento

Era um vento que soprava, era areia que voava, era tempo que amostrava sob o solo as pegadas...

Resquícios de um início, la do cume da chapada, vejo uma aldeia sitiada, aves que gorjeam, lembranças que permeiam.




O orvalho matinal que cai na mata tropical, traz a tona aforismas da saudade, pois em meio aquele desterro de um cenário desolado, paira uma razão,  uma condição para toda explicação.

Batata Ruffles, Hamburguer Perdigão, Biscoito Fofy, Óleo Soya !? Pera as embalagens estão vazias, pareciam estar ali já fazia tempos, afinal esses produtos estão mais em circulação.
Mas o que fazia aquele amontoado ali?
Se essas coisas que um dia tiveram sua serventia, por que se encontravam no que se chama de lixão?



Entre entulhos nos restava um caminho, por ali usavamos para ir ao futuro, ou melhor a escola.



Assim era nossa lanchonete, não tinha teto, não tinha nada, mas nada mal, afinal era apenas uma lanchonete que mora no pretérito, nada mais.
Pelo menos ali se servia hamburguer bem passado.






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